Sacode as nuvens
Sacode as nuvens que te poisam nos cabelos,
Sacode as aves que te levam o olhar.
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.
Sacode as nuvens que te poisam nos cabelos,
Sacode as aves que te levam o olhar.
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Estimada Amiga Ester Afonso,
ResponderEliminarAdorei este belo poema pois o senti.
Abraço amigo e óptimo fim de semana
Belíssima escolha poética.
ResponderEliminarBeijo, querida amiga.
Lindo minha querida.
ResponderEliminarBom domingo
Beijinho e uma flor
É tempo de sacudir as nuvens que pairam nos cabelos e de olhar através dos... olhos!
ResponderEliminar*
ResponderEliminargrato pela tua escolha,
,
Sophia,
continuas a sacudir
as brumas, deste povo,
,
e relembro:
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada . . .
,
in-sophia !
*
Hoje sim, é novamente dia de sacudir as nuvens...
ResponderEliminarBom fim de semana
Bjs
Há pouco as nuvens sobre o Tejo estavam mesmo a pedir para alguém as sacudir, pareciam flocos brancos e cinzentos claros de neve...
ResponderEliminarHá sempre pedaços assim. De tão belos...
ResponderEliminar:)