terça-feira, 30 de dezembro de 2014

VOLTA AO MUNDO em 28 DIAS


A passagem de ano foi algo que nunca teve importância 
na minha vida…é uma noite como outra qualquer…
e sempre com temperaturas muito baixas, por isso 
ficar em casa enrolada numa manta quentinha 
é a melhor opção…
Eu não gosto de confusões na passagem de ano...
Ideias não me faltam…há muito que não organizo 
uma festa virtual, como costumava fazer no meu aniversário…
desta vez, vou imaginar uma passagem de ano diferente, 
só entre amigas, para nos divertirmos e conversar, 
mesmo sendo necessário gastar uma exorbitância, é virtual. 
Estão 4 quartos rigorosamente decorados e preparados 
para nos receber...somos 8 amigas, 
escolhi aquelas oito que nestes anos têm sido amigas a sério, 
em todos os momentos, os bons e os menos bons...




Alugar uma mansão e ao longo de três dias 
é para esquecer o mundo 
Foi tudo pensado ao pormenor
Temos 2 SPAs ao nosso dispôr
Huummmm, digam lá que não são um espectáculo...



Haverá momentos de conversa e partilha de experiências, 
convívio e caminhadas ao longo dos seis hectares 
de jardim e bosque…(só para quem quiser) 
é mais um “dolce far niente)
Nos sites de aluguer de casas, existem centenas de opções 
para reunir amigas e encontrar uma casa à medida.
Terá jantar de reveillon incluído.
Menores de 30 anos não são aceites.
Estou cansada de passar a noite de 31 de Dezembro 
sempre da mesma maneira...
a porta dos fundos decorada a rigor!



Um sonho a casa de banho principal da mansão
Jacuzzi e uma piscina em forma de violino
à nossa disposição...piscina com música...



para momentos de puro relax ao ar livre


só uma amostra das delícias que vamos poder degustar, 

o resto fica no segredo dos Deuses!


Para o novo ano preciso de fazer um esforço 
e aprender a deixar de me importar tanto com certas pessoas, 
tentar aproveitar melhor o tempo livre
E cada vez mais, acho que a vida passa a correr, 
temos de a aproveitar melhor. Viver intensamente.
 Minhas amigas estou à vossa espera. 
...
A todos os outros Feliz Ano Novo! 
...
Agora a sério mesmo, 
o que eu gostaria é de ter um prémio no euromilhões 
e fazer esta viagem "Volta ao Mundo em 28 dias"...


sábado, 20 de dezembro de 2014

EMENTA DE NATAL


A ementa afixada na porta não enganava...ia acontecer 

um ALMOÇO de NATAL 

O Formador decidiu convidar os alunos das várias turmas 

para um convívio saudável 

O dia estava lindo, sol luminoso e um calorzinho apetitoso! 

Nada melhor que nos receber com uns aperitivos ao ar livre...





Depois de ver a disposição das mesas, escolhi esta como a minha mesa



Na mesa acima o lugar do anfitrião marcado devidamente


Acabei por ficar nesta mesa com os colegas do Montijo, 
eu era a única da Moita, 
mas foi uma boa forma de conviver com quem não conhecia; 

no meio de tanta conversa 
estava ao meu lado o Formador de Pintura 
da Universidade Sénior do Montijo 
que simpaticamente me convidou 
a aparecer por lá e fazer-lhes uma visita.



Tal como está escrito na ementa:

Arroz de lulas c/camarão e delícias do mar que estava uma delícia!

Na foto abaixo estão 3 colegas da Moita e 3 colegas do Seixal



O nosso colega Fernando protagonizou um momento hilariante 

de muitas gargalhadas, quando resolveu fazer um "assalto"...

achei o máximo o pormenor da sua mala 

para recolha dos valores do assalto!!!



Chegou o momento de me "perder" na Natureza, 

na enorme área da QUINTA. 

Encontrei logo uma família de cogumelos, 

todos aninhados uns nos outros; 

depois descobri as abelhas na sua casinha...



Fui andando e deparei-me com esta ponte que atravessa um riacho

para onde me levaria este caminho?


Que a essência do Natal possa nortear as nossas vidas 
em todos os dias do ano. 
Certamente teríamos uma sociedade mais justa, próspera e solidária. 
Não espere um ano para abraçar, beijar 
e demonstrar o seu amor aos seus e ao próximo. 
Acredito nesse caminho como um agente transformador, 
uma maneira de reescrever a nossa história.  
Saúde e Paz!

sábado, 6 de dezembro de 2014

AUTÊNTICAS por NATUREZA e pelas PESSOAS




Como escrever mais uma vez sobre o Natal 
sem repetir as banalidades do costume?
O Natal é o período da bondade, da falsa solidariedade, 
do consumismo, alegremente aceite por todos 
e que ninguém gosta de contestar.
Não posso aceitar, contesto mesmo.
Belos tempos da minha infância e juventude em que, 
mesmo sem neve, sem o típico postal de Natal todo branquinho 
com as renas a puxar o trenó, mas sim com muito calor (África)…
tanto calor humano…disso tenho saudades.
Hoje em dia apenas serve para fazer negócio 
e lavar as consciências.
Passamos trinta dias a falar mais do mesmo…
na rádio só se fala em crianças, pobreza e vamos ajudar…
na televisão são programas de solidariedade e mais séries 
sobre histórias de Natal que nos entram pela casa …
a sério que já cansa!
Fazem-se promessas e passa-se o resto do ano 
a encontrar justificações para não cumprir as mesmas
Não critico o Natal, o que critico é aquilo em que 
o Natal se tornou – ou seja, como as pessoas se aproveitam 
e tornam este período numa coisa feia e falsa, banal.
Paz, fraternidade, amor, solidariedade são palavras inflacionadas 
nesta altura do ano. Não só…a banalização estende-se 
aos gestos, os SMS enviados em cadeia… 
todos iguais, nada personalizado.
Os presentes… comprados aos pares…qualquer coisa serve! 
Parece mal não dar, mas para isso, dá-se a qualquer um. 
Ao darmos a todos deixamos de distinguir uns dos outros 
e com isso perde-se a mensagem particular 
que queríamos dar a alguém especial para nós.
Tudo muito artificial para o meu gosto!
...
Não faço posts alusivos ao Natal, 
não encho a página do Facebook com votos de Natal, 
como já vejo muitas pessoas fazerem…
as mesmas pessoas que não são capazes de ser “amigas” 
como apregoam, como escrevem com a maior das naturalidades…
Não para me enganarem, pois sei bem com quem posso contar, 
mas para se enganarem a elas mesmas 
dizendo coisas que “não sentem nem praticam”… 
Hipocrisia a 1000%. Estou farta!
...
Para mim “solidariedade” faz-se o ano inteiro.
Ajudar os outros faz parte das minhas acções 
sempre que isso é necessário e não 
num período de 15 dias chamada época natalícia.
...
Como aconteceu agora em Bragança, entrei na cidade 
nem sei como nem por onde e queria ir 
para a estrada de Vinhais…sem GPS, anoitecia rapidamente 
e eu com pânico de ficar perdida…toca a perguntar; 
a 1ª pessoa, um homem, despachou-me a grande velocidade… 
seria fácil desistir pois podia pensar de forma negativa 
e dizer para mim mesma: não vale a pena tentar novamente. 
Nunca fui de baixar os braços, vi duas senhoras 
quase a atravessar a rua, encosto o carro e pergunto; 
a Sra começa a explicar, falou e falou, mas quando viu que era mesmo 
complicado só por palavras pois as mesmas já lhe faltavam, disse: 
Olhe, espere um pouco, venha sempre atrás de mim, 
vou buscar a minha BM – passado uns minutos 
vejo uma carrinha BMW encostar e dizer: siga-me! 
E, assim atravessei toda a cidade de Bragança 
atrás de alguém que me fez um enorme favor. 
Ruas e avenidas e os dois carros seguiam, não me perguntem 
por onde passei, só me lembro da traseira da BM 
que eu não podia perder de vista de forma alguma. 
Ficar-lhe-ei eternamente grata.
Alguém que nem me conhecia, 
mas fez aquilo que outros apregoam mas não fazem. 
Isso sim, são os verdadeiros sentimentos. Eu faria o mesmo.
... 
Fugi uns dias da vida rotineira e para onde fui?
Escolhi o interior, as aldeias de montanha, porquê?
ALDEIAS DE MONTANHA – autênticas por natureza e pelas pessoas!


domingo, 9 de novembro de 2014

PARABÉNS LARA


Era uma vez uma linda menina que vivia numa aldeia do bosque e de quem 
todos gostavam muito por ser muito boa e simpática. 
Um dia a mãe fez-lhe um capucho vermelho para ela levar para a escola. 
No trajecto e como era hábito, a menina cumprimentava os animaizinhos, 
pois conhecia-os e era amiga de todos. 
Ao vê-la tão bonita com o seu novo capucho eles começaram a tratá-la por 
Capuchinho Vermelho.
Um dia a mãe chamou-a e disse-lhe:
- Tens aqui uma cesta com bolos e um pote de mel para levares à avózinha 
que não anda muito bem de saúde. Toma cuidado: 
não te detenhas no caminho e não fales com desconhecidos.



e a minha sobrinha-neta 

escolheu a história do Capuchinho Vermelho para a sua festa dos 3 aninhos






- Olá, bela Capuchinho! Nem imaginas como desejava conhecer-te.
...
- Vou ver a minha avózinha que está doente e levar-lhe bolos e um pote de mel.
- E onde vive a tua avózinha?
- Vive para lá do moinho, numa casa à beira do lago, junto a uma grande árvore.

e assim aconteceu, 

uma tarde cheia de amiguinhos e família 

para festejar o 3º aniversário desta linda princesa 


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

TENHO UMA VIDA À MINHA ESPERA...



Tenho uma folha branca

       e limpa à minha espera:

mudo convite


tenho uma cama branca

        e limpa à minha espera:

mudo convite


tenho uma vida branca

      e limpa à minha espera.



Ana Cristina Cesar, poeta brasileira, nasceu a 2/06/1952
e morreu a 29/10/1983, com 31 anos

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ - CORTEGAÇA


Após a visita ao Parque do Buçaquinho fui até Cortegaça
uma vila e freguesia portuguesa 
do concelho de Ovar, com 10,12 km² de área
 É atravessada no sentido Norte-Sul pela 
Linha do Norte dos Caminhos de Ferro Portugueses 
e pela EN109.
Na imagem acima vê-se a 
"Capela de Nossa Senhora da Nazaré de Cortegaça", 
localiza-se na praia de Cortegaça
Aqui se realiza a principal festa religiosa da vila, 
anualmente no primeiro domingo de Setembro. 
Foi a meio de Setembro que lá estive 
e ainda captei alguns arcos da festa, na Avenida.
Em termos de turismo, a praia de Cortegaça tem-se 
tornado um destino de eleição para os praticantes de surf 
e bodyboard, dadas as infra-estruturas disponíveis 
e as condições favoráveis à prática destas 
e outras actividades náuticas. 
Imagens do MAR que me deixaram maravilhada!



Na imagem acima 
vemos o pouco que resta do imenso areal desta praia
é ao que se resume a actual praia de Cortegaça 

São tempos diferentes 
para um povo habituado a viver em relação 
com o mar e a praia. 

Ainda no século XX, 
muitos pescadores e lavradores 
viviam em palheiros de madeira, 
“assentes em pegões de granito para que as areias pudessem circular”.

Todos se lembram de o mar estar “muito mais longe”!
Os palheiros tinham vantagens: 
“Quando o mar avançava, metiam-lhes umas traves por baixo 
e, com várias juntas de bois, 
conseguiam retirá-los mais para cima, para longe do mar.”



 Eu desconhecia a existência dos "palheiros", 
que nos deixam adivinhar a antiga vivência piscatória. 
A partir do séc. 18 aparecem os primeiros palheiros, 
que vieram substituir as palhotas, 
construções frágeis e perenes, pouco resistentes 
à força do vento. Os palheiros serviam inicialmente, 
apenas de abrigo ou como habitação temporária, 
durante a época da safra e dos banhos.





Os palheiros lembravam construções palafíticas 
por serem construídas sobre estacaria. 


Actualmente o revestimento exterior é quase sempre
 verticala cobertura é de telha.

Com a fixação dos pescadores às praias, 
transformando os palheiros em residência permanente, 
sentiu-se a necessidade de se criarem melhorias de
 habitabilidade, passando estas construções a terem 2 pisos

Aparece um novo tipo de palheiro, sobre estacaria, mais ou menos alta, aberta e à vista, em que o travejamentodo soalho assenta sobre duas ou três fortíssimas vigas paralelas que, por sua vez, pousam em grossos esteios 
ou pegões independentes, de pedra ou cimento 
- os moirões - dispostos noutras tantas fileiras, 
de dois a quatro por fileira, 
permitindo a passagem das areias arrastadas pelo vento. 

Construção de planta rectangular simples, 
apresenta varanda na fachada principal; 
cobertura em telhados de duas águas 
e interior composto por sala, cozinha e quarto, 
com ligação entre si.