sábado, 2 de junho de 2012

PERMANÊNCIA DA POESIA




PERMANÊNCIA DA POESIA


Quando a luz desaparecer de todo,
mergulharei em mim mesmo
e te procurarei lá dentro.

A beleza é eterna.
A poesia é eterna.
A liberdade é eterna.

Elas subsistem, apesar de tudo.
É inútil assassinar crianças.
É inútil atirar aos cães os que,
de repente,
se rebelam e erguem a cabeça olímpica.

A beleza é eterna.
A poesia é eterna.
A liberdade é eterna.

Podem exilar a poesia:
exilada, ainda será mais límpida.
As horas passam,
os homens caem,
a poesia fica.

Aproxima-te e escuta.
Há uma voz na noite!

Olha:
É uma luz na noite!

(Emílio Moura)

10 comentários:

  1. Emílio Guimarães Moura
    14 de agosto de 1902, Dores do Indaiá—28 de setembro de 1971, Belo Horizonte)
    foi um poeta modernista,
    integrante do grupo de modernistas mineiros que ajudaram a revolucionar a literatura brasileira na década de 1920.

    Foi redator de cadernos literários dos periódicos Diário de Minas, Estado de Minas e A Tribuna de Minas Gerais.

    Moura foi também professor universitário,
    e um dos fundadores da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Minas Gerais FACE-UFMG, em 1945, onde lecionou e da qual foi o primeiro diretor.

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  2. Emílio Moura fez parte do brilhante grupo de intelectuais formado por poetas, escritores e políticos mineiros,
    como Carlos Drummond de Andrade,
    Pedro Nava, Martins de Almeida, João Alphonsus, Cyro dos Anjos, Aníbal Machado, Abgar Renault,Milton Campos e Gustavo Capanema, entre outros, que na década de 1920 influenciou notavelmente o movimento que mudou os rumos da literatura brasileira, o modernismo.

    Diferentemente da maioria dos amigos, que se mudaram para a capital, Rio de Janeiro, Moura permaneceu em Belo Horizonte, onde passou toda sua vida.
    Em 1924, integrou, com Carlos Drummond, Gregoriano Canedo e Martins de Almeida, o grupo que editava a Revista, publicação literária modernista.
    A amizade com Drummond perdurou até a morte de Emílio Moura.

    Drummond despediu-se dele escrevendo:
    "Corredor ou caverna ou túnel ou presídio, não importa.
    Uma luz violeta vai seguir-me: a saudade de Emílio Moura".

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  3. A beleza é eterna.
    ------
    A beleza somos nós que a fazemos! Quem feio ama, bonito acha.
    -------
    Felicidades

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  4. .

    .

    . porque eternas são . todas as palavras que se inscrevem na beleza . na poesia . e na liberdade .

    .

    . um beijo meu .

    .

    .

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  5. Lindissimo poema.
    Bom domingo
    Beijinhos
    Maria

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  6. Que bela fotografia perfeitamente emoldurada e que poema mais ternurento e lindo!

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  7. Nao o conhecia. Gostei do poema embora a poesia nao seja o meu forte. : )

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  8. Há sempre uma janela por onde espreita um pedaço de poesia...

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