PERMANÊNCIA DA POESIA
mergulharei em mim mesmo
e te procurarei lá dentro.
A beleza é eterna.
A poesia é eterna.
A liberdade é eterna.
Elas subsistem, apesar de tudo.
É inútil assassinar crianças.
É inútil atirar aos cães os que,
de repente,
se rebelam e erguem a cabeça olímpica.
A beleza é eterna.
A poesia é eterna.
A liberdade é eterna.
Podem exilar a poesia:
exilada, ainda será mais límpida.
As horas passam,
os homens caem,
a poesia fica.
Aproxima-te e escuta.
Há uma voz na noite!
Olha:
É uma luz na noite!
(Emílio Moura)
Emílio Guimarães Moura
ResponderEliminar14 de agosto de 1902, Dores do Indaiá—28 de setembro de 1971, Belo Horizonte)
foi um poeta modernista,
integrante do grupo de modernistas mineiros que ajudaram a revolucionar a literatura brasileira na década de 1920.
Foi redator de cadernos literários dos periódicos Diário de Minas, Estado de Minas e A Tribuna de Minas Gerais.
Moura foi também professor universitário,
e um dos fundadores da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Minas Gerais FACE-UFMG, em 1945, onde lecionou e da qual foi o primeiro diretor.
Emílio Moura fez parte do brilhante grupo de intelectuais formado por poetas, escritores e políticos mineiros,
ResponderEliminarcomo Carlos Drummond de Andrade,
Pedro Nava, Martins de Almeida, João Alphonsus, Cyro dos Anjos, Aníbal Machado, Abgar Renault,Milton Campos e Gustavo Capanema, entre outros, que na década de 1920 influenciou notavelmente o movimento que mudou os rumos da literatura brasileira, o modernismo.
Diferentemente da maioria dos amigos, que se mudaram para a capital, Rio de Janeiro, Moura permaneceu em Belo Horizonte, onde passou toda sua vida.
Em 1924, integrou, com Carlos Drummond, Gregoriano Canedo e Martins de Almeida, o grupo que editava a Revista, publicação literária modernista.
A amizade com Drummond perdurou até a morte de Emílio Moura.
Drummond despediu-se dele escrevendo:
"Corredor ou caverna ou túnel ou presídio, não importa.
Uma luz violeta vai seguir-me: a saudade de Emílio Moura".
A beleza é eterna.
ResponderEliminar------
A beleza somos nós que a fazemos! Quem feio ama, bonito acha.
-------
Felicidades
Gostei muito. Grande abraço
ResponderEliminar.
ResponderEliminar.
. porque eternas são . todas as palavras que se inscrevem na beleza . na poesia . e na liberdade .
.
. um beijo meu .
.
.
Lindissimo poema.
ResponderEliminarBom domingo
Beijinhos
Maria
Que bela fotografia perfeitamente emoldurada e que poema mais ternurento e lindo!
ResponderEliminarUm belo poema!
ResponderEliminarBeijinho
Nao o conhecia. Gostei do poema embora a poesia nao seja o meu forte. : )
ResponderEliminarHá sempre uma janela por onde espreita um pedaço de poesia...
ResponderEliminar