domingo, 30 de agosto de 2015

ESTA QUESTÃO ESTÁ NA ORDEM DO DIA...



os refugiados que todos os dias chegam 
... esta questão está na ordem do dia em todos os partidos políticos
O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares assegurou 
que Portugal "tem estado na primeira linha da solidariedade europeia"
confirmando a previsão de acolhimento de cerca 
de 1.500 refugiados de guerra do Médio Oriente.
Após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa, 
Marques Guedes recordou a aprovação, há 15 dias, da estratégia 
para auxílio humanitário, por parte do executivo da maioria PSD/CDS-PP
"O número andará em torno desse valor [de 1.500 refugiados]"
ressalvando que "a decisão tem de ser tomada a nível europeu" 
e que o contingente de refugiados que caberá a Portugal 
"é o que vier a ser decidido a nível europeu", garantindo que 
o país está preparado para responder àquela "tragédia humanitária, 
que tem assumido contornos inacreditáveis".
Dezenas de milhares de refugiados dos conflitos bélicos em 
diversas regiões do Médio Oriente, sobretudo sírios e iraquianos, 
além de afegãos, cruzaram a zona dos Balcãs nas últimas semanas 
tentando chegar à Europa Ocidental.




E que tal começarem a olhar para quem precisa, cá dentro? 

Mais uma cedência a Bruxelas. O que importa é serem bons alunos. 

O tempo dirá se lhes terá valido a pena. 

Pois o "povo português" come muito QUEIJO e esquecem facilmente 

o que aconteceu na época das pessoas que vinham das Ex-Colónias...

mas, eu não me esqueço! 

Leio muito, pesquiso mais ainda e encontrei um artigo de alguém 

que esteve em Angola e faço questão de mostrar aqui a reportagem:

30/03/2014 - Descolonização foi feita "à pressa", 
diz António Passos Coelho
António Passos Coelho considerou ainda que o Portugal de hoje 
“é uma coisa séria” e culpa os políticos, dos vários Governos PS e PSD, 
pelo estado a que o país chegou - A descolonização portuguesa foi feita 
“à pressa” em Angola, país que ficou entregue a partidos armados 
que faziam guerra em vez de política, afirmou o médico António Passos 
Coelho, que há 40 anos vivia em Luanda.
A Revolução de Abril apanhou o médico pneumologista em Luanda, 
onde residia com a mulher e os quatro filhos, entre eles o atual 
primeiro-ministro, e ocupava o cargo de diretor de hospital 
e chefe do serviço de combate à tuberculose.
Nascido em Vale de Nogueiras há 87 anos, em Vila Real, 
António Passos Coelho deixou o Caramulo em 1970 para embarcar 
naquela que viria a classificar como a “loucura africana”, ao aceitar o 
desafio lançado pelo então ministro do Ultramar de organizar 
um serviço de pneumologia moderno em Angola.
Esta passagem por África inspirou, anos mais tarde, o livro 
“Angola, amor impossível”, em que o autor aborda a guerra, 
o 25 de Abril e a descolonização.
Na altura, encontrou uma Angola onde a “vida era normalíssima” 
e apenas do norte e leste chegavam alguns relatos da atividade 
da guerrilha. Primeiro passou pelo Bié e, só depois, se instalou 
na capital para colocar em funcionamento um novo e moderno hospital.
A notícia da revolução foi-lhe dada por uma enfermeira, mas não ligou. 
O “puto”, como em Angola chamavam à metrópole, 
estava demasiado longe, mas depois o país africano 
“entrou em efervescência”.
Quanto à descolonização, afirmou à agência Lusa que 
“foi tudo feito à pressa”. “Eu acho que a independência deveria ter 
sido dada com o auxílio da ONU ou da organização das Nações Africanas, 
deveria ter sido assim, de maneira a ter lá uma força qualquer 
que evitasse a guerra entre eles”, salientou. 
António Passos Coelho acreditava que o país caminhava já há alguns 
anos para uma independência que iria acontecer com ou sem 25 de abril 
e revelou que, quando estava a recrutar pessoal para o hospital, 
recebeu uma “confidencial” que dizia para contratar também angolanos.
A revolução, na sua opinião, precipitou tudo. 
(a história continua no próximo post)

5 comentários:

  1. Luanda mudou, transformando-se numa cidade solitária e deserta, onde os cafés e restaurantes de sempre se encontravam de portas fechadas.
    Pelo meio, o médico teve também de se esconder quando se deparou com trocas de tiros e teve que lutar para conseguir combustível para o funcionamento do hospital, que ficou sem eletricidade ou telefone.
    Apesar do clima de instabilidade que se foi alastrando, Passos Coelho permaneceu naquele país até às vésperas da independência, a 11 de novembro de 1975,
    apanhando o último avião da carreira área para Lisboa.

    Talvez por trazer na bagagem a memória de uma Angola “florida e limpa”, o Portugal que encontrou, “sujo e imundo”, deixou-o desolado.
    Admirou-se com o desleixo das pessoas, mal vestidas e de barba por fazer, e a alegria que não parecia natural.
    Declinou convites que surgiram para deixar de novo o país e fixou-se em Vila Real,
    onde foi também diretor de hospital, abriu consultório e foi presidente da Assembleia Municipal, eleito pelo PSD.

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  2. Quarenta anos depois, disse acreditar que a Revolução de Abril trouxe
    “vantagens fantásticas” ao país, com destaque para a liberdade de expressão e de crítica, ainda ao nível do Serviço Nacional de Saúde ou da justiça.

    Lamentou, no entanto, que não se tenha conseguido aproveitar o que estava bem antes e afirmou que não se revê neste Portugal,
    onde a falta de educação é encarada com normalidade e se insultam ministros e presidentes.

    “Vejo tudo isto com muita preocupação. Não há um meio-termo, onde se critique sem insultar”, questionou.

    António Passos Coelho considerou ainda que o Portugal de hoje “é uma coisa séria” e culpa os políticos, dos vários Governos PS e PSD,
    pelo estado a que o país chegou.

    “Isto está mau, está a ser complicado a cortarem-nos nos vencimentos, está mal, e o Estado não tem dinheiro, de maneira que isto é um problema”, concluiu.

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  3. Jornal i(Lisboa) – 30.03.2014

    No dia em que foi empossado como ministro dos Negócios Estrangeiros do novo Governo, Mário Soares foi logo para Dacar, a capital senegalesa, para iniciar conversações com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

    Na Zâmbia, Soares protagonizou, com Samora Machel, o chamado "abraço de Lusaca", nas negociações de Portugal com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

    Mas muitos continuam a criticar a forma como Mário Soares fez a descolonização. Particularmente os portugueses que tiveram que fugir das ex-colónias, os "retornados".

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  4. Pertinente, muito pertinente e actualíssimo este teu artigo (poderias escrever num jornal ou comentar numa TV). O que está a acontecer com os migrantes e refugiados não é nada que não pudesse ser previsto há algumas décadas: a verdade é que os países de onde vêm esses seres humanos cresceram em população enquanto os dirigentes (a maior parte deles apoiados de uma maneira ou outra pelas grandes potências europeias, americanas e asiáticas) não criaram condições económicas e sociais para que os povos possam viver nos locais onde residem há milénios. Por outro lado, o controle da natalidade (isto tem que se dizer!) é urgente, e o que mais me admira é as pessoas sem quaisquer condições de alojamento e identidade continuarem a procriarem nos campos de refugiados sem qualquer acompanhamento ou controlo. Pareço xenófobo ao dizer isto, mas não, a verdade é que isto está a ficar descontrolado por vários motivos (quase todos eles de uma maneira ou outra com origem na ganância ocidental). Neste momento é urgente reduzir a natalidade a nível mundial para que as pessoas não nasçam para morrerem afogadas nos mares ou em camiões de transporte de carne... humana! Estamos a assistir à III guerra mundial, que fará muito mais estragos que as duas anteriores porque a comunicação hoje em dia permite saber o que está a acontecer in-loco, mas as pessoas na sua maioria pouco ou nada podem fazer... os dirigentes mundiais, esses então, limitam-se a palitar os dentes e a tentar descobrir mais um grupo ávido de armas para lhes venderem mais algumas e engordarem as suas contas (sanguinárias) bancárias.
    Quanto à retirada dos portugueses de África, e a história o dirá, só trouxe desgraça para os países africanos (calem-se lá com essa coisa de que os povos têm direito à independência) e para centenas de milhares de famílias portuguesas que eram... africanas. Foi lá que nasceram e esses países também eram deles, tal como os angolanos, moçambicanos ou cabo-verdeanos de 2ª e 3ª geração que vivem em Portugal são portugueses. Se me conseguirem provar que os autóctones vivem melhor agora na sua terra que há algumas décadas, eu retiro o que disse.
    Sou branco, de esquerda (embora issso tenha cada vez menos significado) mas começo a perceber que a história não é aquilo que nos tentam vender nas escolas acomodadas mas a história é a vida real das pessoas e os seus destinos! Se estivermos cá daqui a uns anos para ler isto talvez dewscubram alguma razão nestas minhas palavras.
    Parabéns pelo texto. Beijinhooo

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  5. O problema dos refugiados é realmente uma vergonha. E isso é, neste momento o que merece a nossa maior atenção...
    Um beijo.

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