Tal como ficou prometido,
depois de vos mostrar o Parque de YOSEMITE - um
lugar maravilhoso
que conheci numa fase muito difícil
da minha Vida,
aqui estou para esclarecer que fase foi essa.
No entanto, continuo VIVA e bem viva,
porque Deus concedeu-me mais um dia para VIVER...
apareceram-me uns nódulos nas pernas e nos braços
e após vários exames médicos, o médico de família,
na altura em causa, 2004 era um médico atencioso, responsável
e como não chegou a nenhum diagnóstico mandou-me para a
consulta de Medicina Interna no Hospital do Barreiro...
Fui parar ao Dr. Joaquim G. que, após vários exames médicos
ia dizendo que...eu tinha TUBERCULOSE
CUTÂNEA
ou seja, ia tentando acertar... proibida de usar piscinas públicas,
fiz testes de tuberculina, etc e tal...
depois já tinha "Sarcoidose" um nome estranhíssimo
que nunca tinha ouvido... e tenho em meu poder,
vários pedidos de exames e análises onde esse médico escrevia no lugar do diagnóstico essa palavra "sarcoidose"? com ponto de interrogação,
pois ele tinha dúvidas e nunca teve qualquer certeza.
Sendo eu curiosa ia pesquisando e tudo o que ele tinha diagnosticado
era relacionado com os pulmões então, um dia disse-lhe:
- Dr. se o meu problema é nos pulmões, porque não me envia
para uma consulta de Pneumologia? tinha mais lógica...
Mas ele não gostou da minha observação, porque tinha arranjado
uma cobaia para "brincar aos médicos"... e em Maio de 2005
receitou-me corticóides e eu disse-lhe que não queria fazer
tratamento com cortisona...só que em Julho voltei lá
e ele ameaçou-me a deixou-me em pânico com o que me disse,
ou seja, pintou um quadro bem negro do que me poderia acontecer,
caso eu não fizesse o tratamento.
Reflecti sobre o assunto e acabei por começar o tratamento
de 50mg por dia - uma dose excessiva, dito por outros colegas...
inclusivamente uma médica minha amiga dizia que eu era uma doente assintomática, não tinha sintomas nenhuns de sarcoidose...
Ela desde o início foi contra este meu tratamento, mas...era com ele que eu estava a ser seguida e...só tive que fazer o que ele me ordenou.
Resumindo a história, ao fim de 2 meses eu tinha inchado
e aumentado 15kg de peso...
estava a ter dificuldade em andar
e decidi pedir antecipação de férias, que seriam gozadas em Dezembro, mas fui logo em Outubro porque um outro médico deu-me
2 meses de vida se continuasse com os 50mg por dia de corticóides
Isto para explicar que...
já que tinha prazo de vida então iria fazer uma última viagem
e, fui reservar um circuito pela Califórnia, onde visitei lugares maravilhosos, com o tal Parque que já mostrei fotos,
fui a São Francisco, Los Angeles, Las Vegas...etc morreria feliz.
Na realidade não morri, mas aquele que me quis matar já morreu...
soube há 1 ano que ele tinha morrido de cancro de pulmão
- coincidências ou não...não me quis encaminhar para a consulta de Pneumologia, mas quando bateu à porta dele o azar...
foi rapidamente entregar-se a um colega do Porto em quem confiava mas... de nada lhe valeu!
Fui vítima de "Negligência médica"
estive às portas da morte sim, quando em Março do ano seguinte
deixei de andar, cheia de edemas,
no calçado passei do nº 37 para o nº 39, dificuldade em respirar, etc
e dei entrada na urgência do Hospital onde, tiveram que me fazer urgentemente o desmame da cortisona que tomei - ou seja - desde Julho de 2005 até Março de 2006 - foram 8 meses nos quais aumentei
30kg de peso, inchei de tal maneira que fiquei completamente desfigurada e as pessoas nem me conheciam - estava irreconhecível.
Um dia alguém me alertou para o facto da tal doença que ele inventou
que eu tinha era uma doença que me daria uma incapacidade reconhecida
por Lei e que eu exigisse ao médico que ele assumisse o que me dizia
para eu tratar legalmente do assunto...que acham que aconteceu?
Ora pois...ele pensava que eu era mais uma burrinha nas mãos dele
e ficou estupefacto com a minha abordagem - mostrei-lhe o decreto-lei
e tudo...mas até nisso ele foi mau - não assumiu porque ele
nunca teve qualquer certeza, andou a "brincar com a minha vida"!!!
Despacho conjunto nº
A-179/89-XI, de 22 de Setembro
DR Nº 219 II 22 de
Setembro de 1989
Doenças incapacitantes.
As faltas dadas por
doença incapacitante que exija tratamento oneroso e prolongado,
previstas no artigo 48º do
Decreto-Lei nº 497/88, de 30 de Dezembro, conferem aos
funcionários e agentes o direito à prorrogação,
por dezoito meses, do prazo máximo
de ausência previsto no artigo 36º do mesmo diploma.... Nestes termos, ao
abrigo do nº 2
do artigo 48º do Decreto-Lei nº 497/88, de 30 de Dezembro, determina-se:
São consideradas
doenças incapacitantes para efeitos do nº 1 do artigo 48º
do Decreto-Lei nº 497/88, de 30 de
Dezembro, as seguintes:
Sarcoidose.
Doença de Hansen.
Tumores malignos...
a minha questão é: alguém tem o direito de quase tirar a vida
a uma pessoa sem ser castigado?
Melhor castigo foi o que Deus lhe aplicou...
lá diz o ditado: cá se fazem, cá se pagam...
Este pensamento tem tudo a ver com a minha história:
Que o HOJE seja HOJE, sem o peso de ONTEM,
sem a ansiedade do AMANHÃ....Apenas HOJE