Após a visita ao Parque do Buçaquinho fui até Cortegaça
uma vila e freguesia portuguesa
do concelho de Ovar,
com 10,12 km² de área
É
atravessada no sentido Norte-Sul pela
Linha do Norte dos Caminhos de Ferro
Portugueses
e pela EN109.
Na imagem acima vê-se a
"Capela de Nossa Senhora da Nazaré de Cortegaça",
localiza-se na praia de Cortegaça
Aqui se realiza a principal festa religiosa da vila,
anualmente no
primeiro domingo de Setembro.
Foi a meio de Setembro que lá estive
e ainda captei alguns arcos da festa, na Avenida.
Em termos de turismo, a praia de Cortegaça tem-se
tornado um destino de
eleição para os praticantes de surf
e bodyboard, dadas as infra-estruturas
disponíveis
e as condições favoráveis à prática destas
e outras actividades
náuticas.
Imagens do MAR que me deixaram maravilhada!
Na imagem acima
vemos o pouco que resta do imenso areal desta praia
é ao que se resume a actual praia de Cortegaça
São tempos diferentes
para um povo habituado a viver em relação
com o
mar e a praia.
Ainda no século XX,
muitos pescadores e lavradores
viviam em palheiros
de madeira,
“assentes em pegões de granito para que as areias pudessem
circular”.
Todos se lembram de o mar estar “muito mais longe”!
Os
palheiros tinham vantagens:
“Quando o mar avançava, metiam-lhes umas traves por
baixo
e, com várias juntas de bois,
conseguiam retirá-los mais para cima,
para longe do mar.”
Eu desconhecia a existência dos "palheiros",
que nos deixam
adivinhar a antiga vivência piscatória.
A partir do séc. 18 aparecem os
primeiros palheiros,
que vieram substituir as palhotas,
construções frágeis e
perenes, pouco resistentes
à força do vento. Os palheiros serviam inicialmente,
apenas de abrigo ou como habitação temporária,
durante a época da safra e dos
banhos.
Os palheiros lembravam construções palafíticas
por serem construídas sobre
estacaria.
Actualmente o revestimento exterior é quase sempre
vertical, a cobertura é de telha.
Com a fixação dos pescadores às praias,
transformando os palheiros em residência permanente,
sentiu-se a necessidade de
se criarem melhorias de
habitabilidade, passando estas construções a terem 2
pisos
Aparece um novo tipo de palheiro, sobre estacaria,
mais ou menos alta, aberta e à vista, em que o travejamentodo soalho assenta
sobre duas ou três fortíssimas vigas paralelas que, por sua vez, pousam em
grossos esteios
ou pegões independentes, de pedra ou cimento
- os moirões -
dispostos noutras tantas fileiras,
de dois a quatro por fileira,
permitindo a
passagem das areias arrastadas pelo vento.
Construção de planta rectangular
simples,
apresenta varanda na fachada principal;
cobertura em telhados de duas
águas
e interior composto por sala, cozinha e quarto,
com ligação entre si.