Ex-Governo cortou na Saúde
Estamos mesmo entregues aos bichos
Já em 2011, há 5 anos Pedro Rolo Duarte escreveu no seu blog
que estamos entregues aos bichos
segue um pouco da sua crónica:
Quarta-feira, 23 de
Março de 2011
Entregues aos bichos
O problema principal
não está nas eleições que vamos ter mais cedo
do que era suposto. Não há gente
competente, séria, desinteressada,
que se chegue à frente e ajude a mudar estes
partidos?
Parece que não.
Fica tudo no recato das empresas, com esporádicos
comentários soltos
e presenças nos painéis do Prós e Contras.
Ou seja, mais do mesmo.
O problema de Portugal não está nas eleições – está nos putativos eleitos
que
vamos ter. Se o meu pai fosse vivo, diria a sua frase de sempre:
“estamos
entregues aos bichos”.
... / ...
Tudo isto para mostrar 2 notícias bem recentes
(uma de ontem e outra de há 2 semanas)
Hospital de Setúbal
investiga morte de doente - 05 Jan, 2016
Maria foi medicada com um
antibiótico para as dores de ouvidos
e morreu 15 depois, alegadamente, com uma
hemorragia cerebral.
Família não se conforma. O Hospital de
São Bernardo, em Setúbal, vai abrir
um processo de averiguações às
circunstâncias em que morreu
uma mulher de 47 anos que terá sofrido um derrame
cerebral
e que os familiares admitem ter sido mal diagnosticada.
A informação
foi avançada à agência Lusa por fonte do Gabinete de Comunicação
do Hospital de
São Bernardo. Segundo conta Paulo Silva, irmão da falecida,
Maria Rosário
Macedo entrou pelo próprio pé na urgência do hospital
de São Bernardo, devido a
fortes dores de cabeça que a incomodavam
há algum tempo, e acabou por morrer
naquela unidade hospitalar já na
madrugada de dia 29 de Dezembro, horas depois
de ter sido considerada
em morte cerebral. Segundo Paulo Silva, a irmã já tinha
ido ao serviço
de urgência 15 dias antes, mas na altura foi medicada com
antibiótico
para um eventual problema nos ouvidos.
Como as dores persistiam
apesar do tratamento, foi de novo ao hospital de
São Bernardo no dia 28 de
Dezembro, onde acabou por falecer pouco tempo
depois, alegadamente devido a uma
hemorragia cerebral.
... / ...
Este caso foi hoje, dia 6 de janeiro comentado no programa da TVI
e foi dito que, caso tivessem feito um TAC à doente logo na 1ª ida ao hospital,
com queixas de dores de cabeça fortes, tudo isto poderia ter sido evitado...
querem "poupar" nos exames complementares
e, receitam um antibiótico como solução para o caso - está aqui o resultado!!!
Mais uma VIDA que se perde,
um dia podemos ser um de nós, com enganos destes, FATAIS.
... / ...
AINDA ESTÁ BEM PRESENTE NA NOSSA MEMÓRIA
O CASO QUE ACONTECEU NO HOSPITAL DE S. JOSÉ
e, ontem, veio para as notícias esta afirmação:
Doente que morreu no S.
José foi tratado “da forma mais correcta” - 05 Jan, 2016
Francamente!!!
Sem equipa
especializada, e com o doente com um aneurisma roto,
o médico de serviço no São
José agiu de forma correcta, defende
o presidente da Sociedade Portuguesa de
Neurocirurgia.
David Duarte, de 29 anos, foi transferido
numa sexta-feira do Hospital de
Santarém para São José, onde acabou por morrer
com uma hemorragia
cerebral enquanto esperava tratamento.
Este problema deve-se
à suspensão das escalas de prevenção aos fins-de-semana
da
Neurocirurgia-Vascular desde Abril de 2014 e da
Neuroradiologia de Intervenção
desde 2013,
no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que engloba o São
José.
O que é que ele faz?
Dá as melhores condições para os
doentes, instala-os numa unidade de
cuidados intensivos onde o doente é
monitorizado e vigiado permanentemente
e agenda o doente para a primeira
oportunidade que tem para o operar”,
defende.
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Assim tem sido nos últimos 4 anos,
em que o ex-governo cortou drasticamente na saúde.
continua a notícia:
ResponderEliminarA família de Maria Rosário Macedo, que deixa dois filhos menores de 9 e 15 anos, lamenta que nem da primeira nem da segunda vez que foi ao hospital, tivesse sido realizada uma TAC (Tomografia Axial Computorizada) ou uma Ressonância Magnética, que, na opinião dos familiares, poderiam ter permitido um diagnóstico capaz de evitar um desfecho trágico como aquele que se verificou.
Convicto de que Maria do Rosário Macedo não terá sido devidamente acompanhada e tratada em termos médicos,
Paulo Silva admite recorrer à via judicial para apurar responsabilidades, adiantando que os advogados da família vão fazer tudo para salvaguardar os interesses dos dois menores que ficaram órfãos de mãe.
"Ninguém pode trazer a minha irmã de volta, mas é preciso apurar responsabilidades para que não continuem a morrer pessoas por falta de assistência nos hospitais portugueses", disse.
Fizeste bem em lembrar todos estes casos. Infelizmente, estes são apenas os casos em que as pessoas e os familiares tiveram forças para vir a terreiro denunciar o que se passou, porque na maioria dos casos as pessoas são ameaçadas e forçadas a ficarem caladas, seja por medo, seja por ficarem conformadas com o desenlace das situações injustas. E a tendência é para piorar, pois a população está a envelhecer a olhos vistos, e as pessoas a contraírem cada vez mais doenças em virtude do estilo de vida desadequado que nos impingiram nas últimas décadas... liberdade com o 25 de Abril? Sim, liberdade para falar... mas pouco mais!
ResponderEliminarCasos como o da senhora, infelizmente, vão continuar a acontecer. Pela simples razão que os hospitais não podem fazer TACs a todas as pessoas com dores de cabeça. Ou seja, são casos fortuitos em que há erro na avaliação médica. E isso, no meu ponto de vista, embora não conheça todos os pormenores do caso, não é preocupante.
ResponderEliminarMuito preocupante é o caso do Hospital de S. José, dado que é uma falha sistemática. Resta saber quantas falhas de assistência existem nessa e noutras especialidades por todo o país ao fim de semana e durante a noite...
Bom fim de semana.
Beijo.
PS: mas acho bem que as famílias coloquem os hospitais em tribunal, pois é a melhor forma de apurar responsabilidades.
ResponderEliminarOBRIGADO ALEX pelo comentário.
ResponderEliminarSabes o que é triste? além de todas as desgraças que acontecem diariamente, é eu ter a certeza que a minha família nada fariam!!!
Sei que não se pode recuperar a Vida de alguém já falecido, mas...a consciência de QUEM FICA ... Oh Deuses!
EU tudo faria, do que está ao meu alcance para defender quem já partiu.
Aliás...é o que continuo a fazer pela minha sobrinha e estou a ser atacada por todos...enfim!
...
Ficar conformada com situações injustas NÃO É PARA MIM.
OBRIGADO JAIME
Também acho bem que as famílias coloquem os hospitais em tribunal, pois é a melhor forma de apurar responsabilidades.
OBRIGADO pela visita e comentário.